terça-feira, 30 de outubro de 2007

AVALIAÇÃO DO RESULTADO DA DISCIPLINA

Caros Amigos,
Com louvor chegamos a mais um final de disciplina, a batalha foi vencida, porém a guerra na busca pelo conhecimento continua, pois nossos objetivos são atingidos batalha a batalha. Este, sem dúvida, é algo prazeroso, haja vista que buscamos ao longo do curso, com dedicação e compromisso o conhecimento daquilo que julgamos importante para nosso crescimento intelectual e profissional. Não podemos deixar de comentar sobre os meritos que pertecem, com merecimento, a nossa querida Professora Elizabeth, que ao longo do curso procurou-nos orientarmos, quanto ao conteúdo e postura de um professor, em sala de aula, bem como no seu dia-a-dia. Sabermos que sua experiência foi fundamental para o bom desempenho na condução de uma turma totalmente heterogênia, com uma diversidade de profissões e personalidades diferentes, onde o desejo pelo conhecimento reuniu de forma amigável todos que ali esteve. A coesão da turma foi algo que me chamou a atenção, pois até mesmo para mim, que sempre me via saindo mais cedo das aulas, fui levado a ficar até o final, pois o assunto era sempre interessante e nos despertava o desejo em conhecer o resultodo a cada final de aula.
Quero neste texto expressar meus sentimentos quanto às minhas expectativas esternadas aos colegas no nosso primeiro dia de aula. Conforme foi declarado por todos, eu também não poderia deixar de dizer que minhas expectativas eram as melhores, ou seja, aprender algo que pudesse somar ao pouco conhecimento que já havia adquirido ao longo de minha vida educacionale profissional. Contudo, atendendo ao pedido da nossa querida professora, em uma unica palavra declarei que complemento seria a minha avaliação ao final do curso. Vejo que seria leviano de minha parte afirmar que complemento representaria todo o conteudo absorvido ao longo de todo tempo que estivemos juntos. Mas, de fato a quantidade de experiências, textos e vivências obtidas de todos me completou, dentro de um contexto esperado, não poderia exigir muito mais, pois o tempo é sempre um inibidor de resultados melhores. Cabe ressaltar que o conhecimento não esta restrito ao que foi repassado em sala de aula, mas de tudo que podemos aprender de todos e em todos, das coisa que julgados necessário em nossa vida. Gostaria de parabenizar a todos e principalmente a professora por tudo que pude aprender com todos ao logo deste periodo.
Que Deus abençoe a todos, e conceda sucesso em suas carreiras.
Hélio Siva

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Capes divulga avaliação de cursos de mestrado e doutorado


O Ministério da Educação (MEC) apresentou hoje, 10/10, os resultados da Avaliação Trienal 2007 de cursos de mestrado e doutorado, realizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A análise de desempenho de qualidade é relativa ao período 2004-2006.Foram avaliados 2.266 programas de pós-graduação de um total de 3.409 cursos - 2.070 de mestrado acadêmico, 1.182 de doutorado e 157 de mestrado profissional. A produção científica dos cursos, a formação de mestres e doutores e o impacto social dos programas oferecidos pelas instituições são os pontos investigados. Confira o resultado aqui. A avaliação gera notas de 1 a 7. Os cursos com notas 1 e 2 são descredenciados pela Capes. As notas 6 e 7 são atribuídas a cursos com desempenho equivalente ao dos mais importantes centros internacionais de ensino e pesquisa. A nota 5, para cursos com alto nível de desempenho - é o o maior conceito admitido para programas que ofereçam apenas mestrado. A nota 4, para bom desempenho e a 3, para o padrão mínimo de qualidade.
Outros detalhes no site da Capes.
Matéria Extraida - Veja on-line
10/10/2007 - Da redação

FRASE DO DIA

"Procurou o pregador achar palavras agradáveis; e o escrito é a retidão, palavras de verdade."
Eclesiastes 12:10

INFORMAÇÃO EM SAÚDE

ENXAQUECA ATINGE UM EM CADA CINCO BRASILEIROS

A Sociedade Brasileira de Cefaléia mostra que as dores de cabeça intensas que caracterizam a enxaqueca chegam a afetar cerca de 20% das mulheres e entre 5% e 10% dos homens. Em crianças, as crises acontecem em escala menor e atingem 5% da população na faixa de 0 a 15 anos. De cada quatro pessoas prejudicadas pelo mal, uma delas apresenta, em média, quatro crises por mês – metade tem forte intensidade e resulta em faltas ao trabalho.
Outro dado alarmante é que apenas 5% das pessoas que necessitam de medicamentos preventivos fazem uso deles, porque simplesmente desconhecem o tratamento. A maioria dos pacientes trata apenas a crise, por meio do uso de analgésicos para conter a dor. No entanto, essa prática pode causar dependência e se tornar o vilão da história, já que a pessoa pode acabar desenvolvendo as cefaléias crônicas diária, que é de muito mais difícil tratamento do que a enxaqueca.
No tratamento preventivo são usados medicamentos – que não são analgésicos – de uso prolongado e que diminuem a freqüência e a intensidade da dor. O tratamento preventivo funciona à base de medicamentos usados para outras doenças, só que em doses diferenciadas. O objetivo é regular o nível de neurotransmissores como a serotonina, cujo desequilíbrio acarreta a enxaqueca.
Além do tratamento preventivo existe o abortivo, que, segundo especialistas, tem a função de interromper a dor de cabeça, ou seja, os medicamentos atuam diretamente na dor que já existe.
A enxaqueca não mata, mas causa perda na qualidade de vida. A crise mais característica desse tipo de cefaléia é facilmente identificada pela dor que envolve metade da cabeça, piora com atividade física e normalmente vem acompanhada de náuseas, vômitos e desconforto com a exposição à luz e som alto. O mal-estar pode durar até 72 horas. Além disso, um outro conjunto de sintomas neurológicos, chamado de “aura”, costuma preceder o quadro. A aura pode se apresentar na forma de flashes de luz, falhas no campo visual ou imagens brilhantes.
Para evitar o mal-estar, há quem implemente métodos próprios de alívio da dor. Entre eles, a colocação de compressas de gelo sobre a cabeça ou repouso. Apesar de ser de causa incerta, acredita-se que a origem da enxaqueca seja multifatorial. O fator genético ainda é amplamente discutido por especialistas.
SEROTONINA - A ciência tem mostrado que a serotonina, cujo papel é transmitir impulsos nervosos de uma célula cerebral para outra, pode desencadear determinadas respostas nestas células. As respostas podem surtir efeito nas crises de enxaqueca. A idéia teve início quando se descobriu que a quantidade de serotonina na urina de um doente crescia com freqüência durante a crise. Também foi notado, que ao verificar-se aumento dos níveis de serotonina na urina, o nível no sangue caía. A partir daí surgiu a teoria de que as cefaléias podem estar associadas à diminuição da quantidade de serotonina que chega ao cérebro.
FATORES DE RISCO: estresse; sono prolongado; jejum; traumas cranianos; ingestão de certos alimentos como chocolate, laranja, comidas gordurosas e lácteas; privação da cafeína, durante o fim de semana, nos indivíduos que consomem grandes quantidades de café durante a semana; uso de medicamentos vasodilatadores; exposição a ruídos altos, odores fortes ou temperaturas elevadas; mudanças súbitas da pressão atmosférica, como as experimentadas nos vôos em grandes altitudes; alterações climáticas; exercícios intensos; e queda dos níveis hormonais que ocorre antes da menstruação.
PREVENÇÃO: evitar o acúmulo de trabalho no escritório e o estresse de levar trabalho para casa; evitar estender o sono além do horário usual de acordar; evitar fadiga excessiva; fazer as refeições em horários regulares e não “pular” refeições; eliminar os alimentos identificados como desencadeantes das crises; reduzir a ingestão de café e chá; evitar o uso de analgésicos sem supervisão médica; evitar exposição a luzes, ruídos e cheiros fortes; e evitar exercícios em dias muito quentes.

Fonte:
http://www.sbce.med.br (Sociedade Brasileira de Cefaléia)

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

FRASE DO DIA

Caros Amigos da Didática,
Como frase do dia escolhi este pequeno texto do livro que acabamos de ler. De tudo que aprendemos e pomos em prática na nossa vida, é importante que declaremos isso como uma afirmação.
"Não sendo superior nem inferior a outra prática‘profissional, a minha, que é a prática docente, exige de mim um alto nível de responsabilidade ética de que a minha própria capacitação científica faz parte."

Texto extraaido do Livro "Pedagogia da Autonomia"

Primeiras Palavras
A questão da formação docente ao lado da reflexão sobre a prática educativoprogressivaem favor da autonomia do ser dos educandos é a temática central em tornode que gira este texto. Temática a que se incorpora a análise de saberes fundamentaisàquela prática e aos quais espero que o leitor crítico acrescente alguns que me tenhamescapado ou cuja importância não tenha percebido.Devo esclarecer aos prováveis leitores e leitoras o seguinte: na medida mesma emque esta vem sendo uma temática sempre presente às minhas preocupações de educador,alguns dos aspectos aqui discutidos não têm sido estranhos a análises feitas em livrosmeus anteriores. Não creio, porém, que a retomada de problemas entre um livro e outroe no corpo de um mesmo livro enfade o leitor. Sobretudo quando a retomada do temanão é pura repetição do que já foi dito. No meu caso pessoal retomar um assunto outema tem que ver principalmente com a marca oral de minha escrita. Mas tem que vertambém com a relevância que o tema de que falo e a que volto tem no conjunto deobjetos a que direciono minha curiosidade.Tem que ver também com a relação que certa matéria tem com outras que vêmemergindo no desenvolvimento de minha reflexão. É neste sentido, por exemplo, queme aproximo de novo da questão da inconclusão do ser humano, de sua inserção numpermanente movimento de procura, que rediscuto a curiosidade ingênua e a crítica,virando epistemológica. É nesse sentido que reinsisto em que formar é muito mais doque puramente treinar o educando no desempenho de destrezas, e por que não dizertambém da quase obstinação com que falo de meu interesse por tudo o que diz respeitoaos homens e às mulheres, assunto de que saio e a que volto com o gosto de quem a elese dá pela primeira vez. Daí a crítica permanentemente presente em mim à malvadezneoliberal, ao cinismo de sua ideologia fatalista e a sua recusa inflexível ao sonho e àutopia.Daí o tom de raiva, legítima raiva, que envolve o meu discurso quando me refiro àsinjustiças a que são submetidos os esfarrapados do mundo. Daí o meu nenhum interessede, não importa que ordem, assumir um ar de observador imparcial, objetivo, seguro,dos fatos e dos acontecimentos. Em tempo algum pude ser um observador“acinzentadamente” imparcial, o que, porém, jamais me afastou de uma posiçãorigorosamente ética. Quem observa o faz de um certo ponto de vista, o que não situa oobservador em erro. O erro na verdade não é ter um certo ponto de vista, masabsolutizá-lo e desconhecer que, mesmo do acerto de seu ponto de vista é possível que arazão ética nem sempre esteja com ele.O meu ponto de vista é o dos “condenados da Terra”, o dos excluídos. Não aceito,porem, em nome de nada, ações terroristas, pois que delas resultam a morte de inocentese a insegurança de seres humanos. O terrorismo nega o que venho chamando de éticauniversal do ser humano. Estou com os árabes na luta por seus direitos mas não pudeaceitar a malvadez do ato terrorista nas Olimpíadas de Munique.Gostaria, por outro lado, de sublinhar a nós mesmos, professores e professoras, anossa responsabilidade ética no exercício de nossa tarefa docente. Sublinhar estaresponsabilidade igualmente àquelas e àqueles que se acham em formação para exercela.Este pequeno livro se encontra cortado ou permeado em sua totalidade pelo sentidoda necessária eticidade que conota expressivamente a natureza da pratica educativa,enquanto prática formadora. Educadores e educandos não podemos, na verdade, escaparà rigorosidade ética. Mas, é preciso deixar claro que a ética de que falo não é a éticamenor, restrita, do mercado, que se curva obediente aos interesses do lucro. Em nívelinternacional começa a aparecer uma tendência em acertar os reflexos cruciais da “novaordem mundial”, como naturais e inevitáveis. Num encontro internacional de ONGs, umdos expositores afirmou estar ouvindo com certa freqüência em países do PrimeiroMundo a idéia de que crianças do Terceiro Mundo, acometidas por doenças comodiarréia aguda, não deveriam ser salvas, pois tal recurso só prolongaria uma vida jádestinada à miséria e ao sofrimento. Não falo, obviamente, desta ética. Falo, pelocontrário, da ética universal do ser humano. Da ética que condena o cinismo do discursocitado acima, que condena a exploração da força de trabalho do ser humano, quecondena acusar por ouvir dizer, afirmar que alguém falou A sabendo que foi dito B,falsear a verdade, iludir o incauto, golpear o fraco e indefeso, soterrar o sonho e autopia, prometer sabendo que não cumprirá a promessa, testemunhar mentirosamente,falar mal dos outros pelo gosto de falar mal. A ética de que falo é a que se sabe traída enegada nos comportamentos grosseiramente imorais como na perversão hipócrita dapureza em puritanismo. A ética de que falo é a que se sabe afrontada na manifestaçãodiscriminatória de raça, de gênero, de classe. É por esta ética inseparável da prática,jovens ou com adultos, que devemos lutar. E a melhor maneira de por ela lutar é vive-laem nossa prática, é testemunhá-la, vivaz, aos educandos em nossas relações com eles.Na maneira como lidamos com os conteúdos que ensinamos, no modo como citamosautores de cuja obra discordamos ou com cuja obra concordamos. Não podemos basearnossa crítica a um autor na leitura feita por cima de uma ou outra de suas obras. Piorainda, tendo lido apenas a crítica de quem só leu a contracapa de um de seus livros.Posso não aceitar a concepção pedagógica desde ou daquela autora e devo inclusiveexpor aos alunos as razoes por que me oponho a ela mas, o que não posso, na minhacrítica, é mentir. É dizer inverdades em torno deles. O preparo científico do professor ouda professora deve coincidir com sua retidão ética. É uma lástima qualquerdescompasso entre aquela e esta. Formação científica, correção ética, respeito aosoutros, coerência, não permitir que o nosso mal-estar pessoal ou a nossa antipatia comrelação ao outro nos façam acusá-lo do que não fez são obrigações a cujo cumprimentodevemos humilde mas perseverantemente nos dedicar.É não só interessante mas profundamente importante que os estudantes percebam asdiferenças de compreensão dos fatos, as posições às vezes antagônicas entre professoresna apreciação dos problemas e no equacionamento de soluções. Mas é fundamental quepercebam o respeito e a lealdade com que um professor analisa e critica as posturas dosoutros.De quando em vez, ao longo deste texto, volto a este tema. É que me achoabsolutamente convencido da natureza ética da prática educativa, enquanto práticaespecificamente humana. É que, por outro lado, nos achamos, ao nível do mundo e nãoapenas do Brasil, de tal maneira submetidos ao comando da malvadez da ética domercado, que me parece ser pouco tudo o que façamos na defesa e na prática da éticauniversal do ser humano. Não podemos nos assumir como sujeitos da procura, dadecisão, da ruptura, da opção, como sujeitos históricos, transformadores, a não serassumindo-nos como sujeitos éticos. Neste sentido, a transgressão dos princípios éticosé uma possibilidade mas não é uma virtude. Não podemos aceita-la.Não é possível ao sujeito ético viver sem estar permanentemente exposto átransgressão da ética. Uma de nossas brigas na História, por isso mesmo, é exatamenteesta: fazer tudo o que possamos e favor da eticidade, sem cair no moralismo hipócrita,ao gosto reconhecidamente farisaico. Mas, faz parte igualmente desta luta pela eticidaderecusar, com segurança, as críticas que vêem na defesa da ética, precisamente aexpressão daquele moralismo criticado. Em mim, a defesa da ética jamais significou suadistorção ou negação.Quando, porém, falo da ética universal do ser humano estou falando da éticaenquanto marca da natureza humana, enquanto algo absolutamente indispensável àconvivência humana. Ao faze-lo estou advertindo das possíveis críticas que, infiéis ameu pensamento, me apontarão como ingênuo e idealista. Na verdade, falo da éticauniversal do ser humano da mesma forma como falo de sua vocação ontológica para oser mais, como falo de sua natureza constituindo-se social e historicamente não comoum “a priori” da Historia. A natureza que a ontologia cuida se gesta socialmente naHistoria. É uma natureza em processo de estar sendo com algumas conotaçõesfundamentais sem as quais não teria sido possível reconhecer a própria presençahumana no mundo como algo original e singular. Quer dizer, mais do que um ser nomundo, o ser humano se tornou uma Presença no mundo, com o mundo e com osoutros. Presença que, reconhecendo a outra presença como um “não-eu” se reconhececomo “si própria”. Presença que se pensa a si mesma, que se sabe presença, queintervém, que transforma, que fala do que faz mas também do que sonha, que constata,compara, avalia, valora, que decide, que rompe. E é no domínio da decisão, daavaliação, da liberdade, da ruptura, da opção, que se instaura a necessidade da ética e seimpõe a responsabilidade. A ética se torna inevitável e sua transgressão possível é umdesvalor, jamais uma virtude.Na verdade, seria incompreensível se a consciência de minha presença no mundo nãosignificasse já a impossibilidade de minha ausência na construção da própria presença.Como presença consciente no mundo não posso escapar à responsabilidade ética no meumover-me no mundo. Se sou puro produto da determinação genética ou cultural ou declasse, sou irresponsável pelo que faço no mover-me no mundo e se careço deresponsabilidade não posso falar em ética. Isto não significa negar os condicionamentosgenéticos, culturais, sociais a que estamos submetidos. Significa reconhecer que somosseres condicionados mas não determinados. Reconhecer que a História é tempo depossibilidade e não de determinismo, que o futuro, permita-se-me reiterar, éproblemático e não inexorável.Devo enfatizar também que este é um livro esperançoso, um livro otimista, mas nãoingenuamente construído de otimismo falso e de esperança vã. As pessoas, porém,inclusive de esquerda, para quem o futuro perdeu sua problematicidade – o futuro é umdado dado – dirão que ele é mais um devaneio de sonhador inveterado.Não tenho raiva de quem assim pensa. Lamento apenas sua posição: a de quemperdeu seu endereço na História.A ideologia fatalista, imobilizante, que anima o discurso neoliberal anda solta nomundo. Com ares de pós-modernidade, insiste em convencer-nos de que nada podemoscontra a realidade social que, de história e cultural, passa a ser ou a virar “quasenatural”. Frases como “a realidade é assim mesmo, que podemos fazer?” ou “odesemprego no mundo é uma fatalidade do fim do século” expressam bem o fatalismodesta ideologia e sua indiscutível vontade imobilizadora. Do ponto de vista de talideologia, só há uma saída para a prática educativa: adaptar o educando a esta realidadeque não pode ser mudada. O de que se precisa, por isso mesmo, é o treino técnicoindispensável à adaptação do educando, à sua sobrevivência. O livro com que volto aosleitores é um decisivo não a esta ideologia que nos nega e amesquinha como gente.De uma coisa, qualquer texto necessita: que o leitor ou leitora a ele se entregue deforma crítica, crescentemente curiosa. É isto o que este texto espera de você, que acaboude ler estas “Primeiras Palavras”.
Paulo Freire
São Paulo
Setembro de 1996

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

CAPES Avalia Cursos de Pós-Graduação

Caros Amigos,
Ao visitar o Site do Ministério da Educação, achei interessante este texto que compartilho com todos.
Avaliação da pós-graduação

O Sistema de Avaliação da Pós-graduação foi implantado pela Capes em 1976 e desde então vem cumprindo papel de fundamental importância para o desenvolvimento da pós-graduação e da pesquisa científica e tecnológica no Brasil, dando cumprimento aos seguintes objetivos:
estabelecer o padrão de qualidade exigido dos cursos de mestrado e de doutorado e identificar os cursos que atendem a tal padrão;
fundamentar, nos termos da legislação em vigor, os pareceres do Conselho Nacional de Educação sobre autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento dos cursos de mestrado e doutorado brasileiros - exigência legal para que estes possam expedir diplomas com validade nacional reconhecida pelo Ministério da Educação, MEC;
impulsionar a evolução de todo o Sistema Nacional de Pós-graduação, SNPG, e de cada programa em particular, antepondo-lhes metas e desafios que expressam os avanços da ciência e tecnologia na atualidade e o aumento da competência nacional nesse campo;
contribuir para o aprimoramento de cada programa de pós-graduação, assegurando-lhe o parecer criterioso de uma comissão de consultores sobre os pontos fracos e fortes de seu projeto e de seu desempenho e uma referência sobre o estágio de desenvolvimento em que se encontra;
contribuir para o aumento da eficiência dos programas no atendimento das necessidades nacionais e regionais de formação de recursos humanos de alto nível;
dotar o país de um eficiente banco de dados sobre a situação e evolução da pós-graduação;
oferecer subsídios para a definição da política de desenvolvimento da pós-graduação e para a fundamentação de decisões sobre as ações de fomento dos órgãos governamentais na pesquisa e pós-graduação.
O Sistema de Avaliação abrange dois processos conduzidos por comissões de consultores do mais alto nível, vinculados a instituições das diferentes regiões do país: a Avaliação dos Programas de Pós-graduação e a Avaliação das Propostas de Cursos Novos de Pós-graduação.
A Avaliação dos Programas de Pós-graduação compreende a realização do acompanhamento anual e da avaliação trienal do desempenho de todos os programas e cursos que integram o Sistema Nacional de Pós-graduação, SNPG. Os resultados desse processo, expressos pela atribuição de uma nota na escala de "1" a "7" fundamentam a deliberação CNE/MEC sobre quais cursos obterão a renovação de "reconhecimento", a vigorar no triênio subseqüente.
A Avaliação das Propostas de Cursos Novos de Pós-graduação é parte do rito estabelecido para a admissão de novos programas e cursos ao Sistema Nacional de Pós-graduação, SNPG. Ao avaliar as propostas de cursos novos, a Capes verifica a qualidade de tais propostas e se elas atendem ao padrão de qualidade requerido desse nível de formação e encaminha os resultados desse processo para, nos termos da legislação vigente, fundamentar a deliberação do CNE/MEC sobre o reconhecimento de tais cursos e sua incorporação ao SNPG.
Os dois processos - avaliação dos programas de pós-graduação e avaliação das propostas de novos programas e cursos - são alicerçados em um mesmo conjunto de princípios, diretrizes e normas, compondo, assim, um só Sistema de Avaliação, cujas atividades são realizadas pelos mesmos agentes: os representantes e consultores acadêmicos.

Abordagem Sintética do Filme - Grupo 3


“O SORRISO DE MONALISA”



Na visão crítica do grupo pudemos Identificar duas tendências pedagógicas. A que norteava a escola, a sociedade e a maioria dos professores era a da Pedagogia Liberal Tradicional, que preparava a mulher para ter um papel de boa dona de casa, dedicando-se aos afazeres domésticos e à criação dos filhos e de submissão ao homem. Nesse contexto, a mulher era excluída do processo educacional, tendo como objetivo preestabelecido a formação, que não incluía o ensino superior, privilégio concedido apenas ao homem; de fato uma sociedade cheia de tabus e preconceitos em relação à mulher.

Como segunda tendência podemos destacar a da professora protagonizada pela atriz Julia Roberts, que adotava uma postura Progressista Crítico Social, de incentivadora do processo de ensino, voltado para o método critico, participativo, onde o aluno interage com o professor e o meio onde vive, abordando questões relevantes do contexto sócio-educacional. De fato desperta um senso crítico nos alunos para busca universal do saber.

Vimos ainda, no filme, fatos que julgamos importantes no aprendizado, como oportunizar vivências e reflexões a partir de suas próprias percepções (dos alunos), sem fórmulas e gabaritos, e potencializando a atribuição de sentido e significado às experiências.
(Grupo 3: Antonio Milanez, Gloria Leão, Hélio Silva, Vera Gonçalves)

Exortação a adquirir a sabedoria

FRASE DO DIA:

A sabedoria é a coisa principal; adquire pois, a sabedoria, sim com tudo o que possuis, adquire o conhecimento.
Provébios 4:7

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Sintese: "o soriso de Monalisa"


Como atividade em sala de aula, foi-nos dada a oportunidade de assistirmos ao Filme “O Sorriso de Monalisa”, protagonizado pela atriz Julia Roberts, em que o tema central é a vida de uma professora de História da Arte, recém chegada da Califórnia, que ao se estabelecer em um colégio só de moças, dá início a um movimento considerado subversivo para os padrões da época, quando coloca em xeque o papel da mulher na sociedade. Sobre o filme é bom que façamos alguns comentários que julgo de relevância para a nossa Disciplina, bem como para os dias atuais:

O SORRISO DE MONALISA

A estória se passa em uma da mais conceituadas escolas da época, em meio a uma sociedade tradicionalíssima, em que as mulheres eram formadas unicamente para exercerem o papel de donas de casa, ou seja, casar-se, ter filhos e respeitar os padrões de honra e moralidade impostas naquele tempo. Às mulheres não era permitido expressarem seus sentimentos, suas idéias, muitos menos discutirem assuntos que pudessem contrariar os preceitos criados e replicados de geração em geração.

Antes de apresentarmos comentários sobre as tendências identificadas no filme, é válido destacarmos o comportamento de alguns personagens que nos levam a uma reflexão quanto à postura do mestre e professor. Conforme vimos, havia os professores que se sentiam bem executando o programa apresentado pela escola, assim como aqueles que sabiam que algo precisava mudar, mas que não faziam nada, por achar cômoda tal situação. Outro comportamento que requer uma avaliação crítica, principalmente por ferir princípios éticos da docência, diz respeito ao fato do professor vir a se envolver com seus alunos, extrapolando os limites físicos da instituição acadêmica.

Quanto às tendências identificadas no filme, existem duas, perfeitamente claras, são elas a tradicional e a progressista. A tendência tradicional é facilmente identificada na família, na sociedade e na escola, que exigem uma educação voltada aos princípios tradicionalmente machistas, nos quais a mulher é definida como uma boa dona de casa, preparada para criar filhos e cuidar do marido. Nesse contexto, a mulher não poderia crescer intelectualmente, pois a sua jornada não prosperava até a universidade, não existiam sonhos, desejos, nem perspectivas de um saber universalizado, sua trajetória intelectual chegava ao final com a conclusão de um saber predeterminado pela sociedade da época. Discutir sobre temas que evolviam a sexualidade, política, economia ou qualquer outro assunto, era um tabu que alijava qualquer possibilidade de crescimento, pois estes assuntos só poderiam ser discutidos pelos homens, os únicos que tinham o direito a almejar uma carreira promissora.

A educação é ensinada levando-se em consideração a opressão dos estudantes diante da metodologia aplicada, que vinha desde a família até a estrutura de ensino, transformando as alunas em receptoras passivas, sem capacidade para questionar o meio e as práticas de ensino apresentadas.

A outra tendência é a progressista, sendo perfeitamente incorporada pela Professora Katherine Watson (Julia Roberts) que teve seu currículo aprovado pela escola, mas que, na prática, adotava uma metodologia de ensino voltada para uma relação direta da experiência do aluno confrontada com o saber sistematizado, imposto pela escola.

Em sua metodologia o aluno é estimulado a questionar o meio em que vive, baseado nas estruturas cognitivas disseminadas entre as alunas. A didática utilizada pela professora provocou um choque entre as duas tendências (Tradicional x Progressista), pois, a forma de expor suas aulas trazia às alunas uma reflexão do meio e de suas crenças, que se viam ameaçadas com enfoques diferentes do que haviam assimilado na escola e na sociedade. Outra característica da tendência pedagógica progressista que ficou marcada no filme foi quando a professora realizou uma aula fora do ambiente escolar, provocando nas alunas o estimulo ao pensamento crítico para analisar e expor a idéia do que, em sua concepção, viam naquela tela, ou seja, extrapolar os limites impostos quanto ao pensamento em sala de aula, para uma expressão do sentimento frente ao entendimento do que o autor conseguiu mostrar.

Os conflitos sempre existiram, contudo a professora conseguiu, ao longo do filme, superá-los, inclusive levando, a principal crítica do seu método a identificar e refletir sobre o sistema arraigado na sociedade e na escola, tornando-a aliada.

Um fato relevante que marcou o filme é a pré-disposição das alunas em buscarem o conhecimento mais aprofundado sobre temas que lhes interessavam, sendo isso, uma característica inerente de todo ser humano, denominado como “perfil do caçador ativo”, e que por diversos motivos encontrava-se adormecido naquelas mulheres.

Por fim, como ponto central do filme, podemos destacar a importância do professor como formador de opinião no processo de aprendizado, proporcionando ao aluno, não só o conhecimento, mas o censo crítico do saber, para expor suas próprias opiniões, dentro e fora do ambiente escolar, no contexto em que vive, como forma de ampliar os conhecimentos e revolucionar o ensino. Não se deixar levar pelo comodismo, tendo sempre em mente o compromisso e responsabilidade com o futuro da educação, é condição, sine qua non, para um mundo melhor.

Hélio Silva